quarta-feira, 9 de abril de 2008

Na obstinação do sofrimento

Reza a história que sempre que alguém sonha, o mundo se desnuda na contradição do ser e do não ser, passando a ser a partir do momento em que se sonhou.
Na temática quotidiana dos afazeres perpétuos de quem não tem mais que fazer, o sumo, o trajecto dos infames continua a passear-se pelas capas e pela páginas dos jornais e das revistas deixando os simpáticos, mais empáticos e as distâncias mais afectas ao sonho e ao, em nada mexer,para mudar o mundo.
Ela, coitada senhora, vítima da desenfreada ignomínia dos pareceres, merece uma defesa exemplar, de tal forma concomitante que até as pedras da rua fronteira à labrega prisão se deveriam levantar para que em trajectos e forças raras mostrassem a desenvoltura dos desânimos e a vã roliça parcimónia dos desfigurados tratados em clínicas Vip.
Como neste torrão de geotecnia balofa, os falaciosos zangões não conseguem perceber a razão potencial da diferenciação entre a vítima e o produto. Como me sinto triste ao ver que de facto os políticos até são bons, o Povo é que não presta.
Não chegavam já as idas e correrias à volta dos idiotas e espertalhões que de arrasto levam as mentes insanas para os espectáculos de profícua estupidez esférica, já não chegavam as amansardadas trituradelas dos marialvas de botequim fardados, como ainda, na desonesta desconjuntura, o sangue do outros é água e dos fracos não reza a história.

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