segunda-feira, 14 de abril de 2008

Em desformalismo institucional

Eram tempos difíceis. Muito sofrimento recaía sobre as mal abastadas famílias que tombavam ao peso da ditadura do cifrão. Quem subia ao Pico do Areeiro e bebia uma poncha, quase não percebia que naquela ilha a fantasia era solene e dos véus sublimados das afortunadas estirpes, caía uma ténue e nua anticrítica de valores supremos para que tudo corresse bem.
Os filhos caídos entre os inertes do betão compactado nas fundações das obras célebres e o pensamento apagado pela mordaça do não vale a pena, sempre demonstram a realidade, sempre a realidade. A esperança foi-se apagando na medida do gradiente de sufoco e de manipulação habilidosa, dando lugar à conjuntura do institucionalismo daqueles que ajudando o rei da festa servem aos ditadores de bombo, de tudo, até de trenos.
Que não valha a pena, acredito, já hiperbolizaram de interesse os jogos de estupidificação esférica, já tornaram engrandecedoras as bulas das igrejas económicas e ao fim de trinta anos, a ditadura do numerário, a estupidificação, a manipulação, a aceitação não podiam deixar-me mais triste...enfim, que dose de desformalismo será necessária para tratar definitivamente esta institucionalite.

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