terça-feira, 29 de abril de 2008

As crises de geração menos espontânea.

Caríssimos concidadãos.

Se tudo o que é vão não vale a esperança, que se ganha e se perde ao procurar, nos tempos obscuros e sem mudança, daqueles que pretendem não mudar.
Mostraremos que ainda há confiança, naqueles que só morrem por lutar.

Dos trecos e tramas perdidos, de dialécticas besuntados, os fazedores de reles esperanças, esperam pelos coitados no quintal.
É sempre a velha história do papão, do chefe, do mandante, do importante, daquele a que todos os torpes dão crédito ajudados pelos interessados do sistema.
Como é possível, que gentes em tempos presentes, não tratem do seu destino, deixando e até ajudando a que lhes dêem as ordens, lhes façam os pensamentos, lhes imputem os custos e lhes exijam tratamento especial.
Coitados destes seres, coitado de mim, porque são aos milhares, até são a maioria, que desgraça temos nós de enfrentar, por verificarmos que a estupidez, a subserviência e a manipulação ajudadas pelas novas técnicas de concretizar disparates, são de uma eficácia tão assustadoramente incombatível.
Prezados concidadãos, um código de leis para obrigar alguém é a maior parvoíce de que eu já ouvi falar. Ninguém tem de obedecer a não ser a si próprio, que espécie de seres são estes que tomam por sagrado aquilo que só é, porque é manipulado.
Se sentirem a liberdade como uma tentação
Então sim, estamos no bom caminho
Se sairmos à rua e falarmos uns com os outros
Se deixarmos as falsas aparências e as hipocrisias no passado
Se olharmos para o mundo com a ideia de o poder modificar
Se tentarmos e nos esforçarmos para conseguir para os outros maior felicidade
Se formos nós próprios, e não peças de engrenagens montadas pelos espertos dos poderes
Então sim,
Deixaremos de ter partidos... e passaremos a ser inteiros.


Francisco de Assis -Um escravo no século XXI

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Em desformalismo institucional

Eram tempos difíceis. Muito sofrimento recaía sobre as mal abastadas famílias que tombavam ao peso da ditadura do cifrão. Quem subia ao Pico do Areeiro e bebia uma poncha, quase não percebia que naquela ilha a fantasia era solene e dos véus sublimados das afortunadas estirpes, caía uma ténue e nua anticrítica de valores supremos para que tudo corresse bem.
Os filhos caídos entre os inertes do betão compactado nas fundações das obras célebres e o pensamento apagado pela mordaça do não vale a pena, sempre demonstram a realidade, sempre a realidade. A esperança foi-se apagando na medida do gradiente de sufoco e de manipulação habilidosa, dando lugar à conjuntura do institucionalismo daqueles que ajudando o rei da festa servem aos ditadores de bombo, de tudo, até de trenos.
Que não valha a pena, acredito, já hiperbolizaram de interesse os jogos de estupidificação esférica, já tornaram engrandecedoras as bulas das igrejas económicas e ao fim de trinta anos, a ditadura do numerário, a estupidificação, a manipulação, a aceitação não podiam deixar-me mais triste...enfim, que dose de desformalismo será necessária para tratar definitivamente esta institucionalite.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Na obstinação do sofrimento

Reza a história que sempre que alguém sonha, o mundo se desnuda na contradição do ser e do não ser, passando a ser a partir do momento em que se sonhou.
Na temática quotidiana dos afazeres perpétuos de quem não tem mais que fazer, o sumo, o trajecto dos infames continua a passear-se pelas capas e pela páginas dos jornais e das revistas deixando os simpáticos, mais empáticos e as distâncias mais afectas ao sonho e ao, em nada mexer,para mudar o mundo.
Ela, coitada senhora, vítima da desenfreada ignomínia dos pareceres, merece uma defesa exemplar, de tal forma concomitante que até as pedras da rua fronteira à labrega prisão se deveriam levantar para que em trajectos e forças raras mostrassem a desenvoltura dos desânimos e a vã roliça parcimónia dos desfigurados tratados em clínicas Vip.
Como neste torrão de geotecnia balofa, os falaciosos zangões não conseguem perceber a razão potencial da diferenciação entre a vítima e o produto. Como me sinto triste ao ver que de facto os políticos até são bons, o Povo é que não presta.
Não chegavam já as idas e correrias à volta dos idiotas e espertalhões que de arrasto levam as mentes insanas para os espectáculos de profícua estupidez esférica, já não chegavam as amansardadas trituradelas dos marialvas de botequim fardados, como ainda, na desonesta desconjuntura, o sangue do outros é água e dos fracos não reza a história.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

De paradigmas sempre enfeitados.

Já não nos chegava a firme convicção de que os poderosos sempre fazem o que querem, como agora alguém sumptuosamente fez elevar os espíritos mais reclinados produzindo um verdadeiro anátema de circunstância, na provocação deteriorada e afecta aos direitos humanos que ainda não são espólio da nossa parca humanidade.
Que serão da América, da China , do Perú, de Portugal ou de outro sítio qualquer, que importa?
O que seria bom era não fazer passar maus bocados aos considerados pouco semelhantes, mas as bombas, ai, ai ...as bombas, quem as tem tão belas , caras e harmoniosas que não deixa ninguém sequer imitá-las?
E aquela roqueteria de ponta afiada, ninguém tem pois não?
Se tivessem tanto empenho em ajudar e conservar, como demonstram ter em punir e destruir, talvez que Diógenes os iluminasse com a luz da sua candeia, os Felisteus da actualidade lhe fizessem sinais de espanto e as bombas amargamente colocadas na cintura daqueles santos inocentes e mártires só servissem para fazer comichão e alergias.
Mas o melhor paradigma foi o dos professores, dos alunos, dos telemóveis, dos doutos do sistema, dos doutos contra o sistema, dos não doutos mas opinantes, dos opinantes compulsivos e coitadas das nossas crias, que passam do tempo da réguada com requintes de vários olhos, do enxovalho e da obrigação miserável, para um estado quiçá superior em qualidade, onde se pretende manter o " status quo " o mais imbecilmente possível.
Então como diria um santo no seu pedestal primário:
- Uma esmola tão grande....é de desconfiar.
Talvez que ele seja jogador de estupidez esférica, ou quem sabe, talvez seja Papa, de uma religião económica.
Hoje já não posto mais...vou visitar o Pátio do Tronco, onde havia uma prisão que serviu para encarcerar o nosso poeta nacional, que tirsteza nós sentimos, quando sabemos que alguém tão querido está de castigo para gáudio de palhaços ricos, como seria bom existir uma verdaeira força de libertação.