sexta-feira, 1 de maio de 2009

Adia o medo por um dia.

Sofridos foram já os mal encantados crepúsculos, ao darem conta do trepalium lafarguiano e da concorrência acorrentérrima dos aproveitadores da espectacularidade presencial. Tinha sido melhor adiar o medo e fazer compreender aos desgastados mas ainda não desistentes da concervância do capital castrador, que a maturidade dos cidadãos que lutam pela deshierarquização e contra o fundiarismo afecto às complexas manias de ser, já tem estrutura suficiente para suportar uma nova forma de estar no planeta empatizando com a dispersão Reyleigh e possibilitando um tempo de conversão energética, capaz de honrar os melhores compromissos de transformação do tempo, da matéria e dos conceitos sem ferir as potestades, o livre arbítrio e as paixões da alma.
A liberdade é construível e deve ser concretizada na independência Heideggeriana, na recolocação da humanidade num estádio anterior a qualquer " pecado original" e com a maior habilidade simplificante e transmissível.
A possibilidade de sermos livres é real, poderemos viver sem dinheiro e sem armas, sem mandantes e sem obedientes, sermos ditadores de nós próprios e assim exercermos um direito natural que consubstancie a melhor aplicação da biologia na remodelação do ser e no alcance dos equilíbrios quase irrevogávelmente perdidos.

Francisco Assis - Um escravo a tentar arrancar as três estacas do trepalium no dia 1º de Maio de 2009.

terça-feira, 21 de abril de 2009

In Veritas Malthus

Recambiadas tinham já sido as estrofes do douto mestre, quando gravíticamente passados 35 lustros o temporário moínho de tristezas perdeu parte das suas pás arrogantemente adornadas de subestimação legítima e prepara-se agora para requalificar a tecnologia instalada.
Na falácia dos desânimos encontrados nas letras vencidas das espécies malformadas de ética predominantemente pró-cifrónica, as cartas de aviso pesam apenas alguns nanogramas e a contestação enfeudica é não só cada vez mais paleolítica, como semiótica e noticiarista.
Cabe a quem cabe, serve a quem serve, a gaiola já deveria estar morta para que o pássaro pudesse sentir a liberdade e a vida sem grades de protecção, mas isso não pode ser. O valor da mediocridade encontra-se atestado nas casíunculas metro-relacionadas dos estufados gabinetes da manipulação proto-hermética e já devidamente manietados pelas forças instaladas foram todos aqueles que queriam mudar a cor sanguinolenta do papel-moeda ou dos papéis onde podem já faltar mais de 1000 biliões de moedas.
Não há problema algum..., a situação está devidamente, legitimamente e muito cientificamente abandonada ao descontrolo, desde que a aparência de ordem e felicidade não seja estragada por alguma verdade solta que teime em aparecer e forçar a entrada, porque de facto, In Veritas ninguém credível a convidou, nem a êxedra aceita tal diáfana diceósina.

Amanhã de manhã a luz do Sol iluminará a casa onde moro e a minha capacidade de ser eu, enquanto escravo, terá mais e menos tempo de me fazer ajoelhar junto aos pés de Malthus, Camus, Marcuse, Xenofonte, Anaximandro e de tantos outros.

Francisco de Assis - Um escravo antevendo a peneira das almas.

domingo, 8 de março de 2009

A vastidão dos enlaces

Desciam já apaziguados os credores da nefasta tramóia, vinham de bandeiras, de algazarras, de ténis, de muita categorizada apresentação civil. Desde a pública falácia dos comandos panflíticos do conhecimento nacional, até à mansão ridicularizada pela saída acidental do centro de gravidade dos descendentes agudos e aritméticos planos de proporcionalidade então vigentes, ouviam-se as maiores fraudes e desatitudes anti-revolucionárias. Já cairam em descrédito os doutos arautos da epopeia dos valores sem valor e tramam-se agora as novas estratégias de embuste e engodo, não vão os vassalos ir para a praia naquele dia e deixar os cofres da mentira cheios de troposféricos resíduos.
Nos pedestais do prazer as horas passam atónitas e caprichosos desníveis são necessários à nova contenção dos homens por agentes policiais, nas masmorras servem-se refeições de medo e muita preversão e abuso, nas tascas dos mandantes entra veneno em forma processual e os corredores por esmolas dissimuladas, já trauteiam uma nova cantata de esperança no visual congressismo e no virtual atletismo da falta de capacitação antropológica.
Que Deus nos livre destes misoneistas reduzimétricos e que o cheiro a veneno se esbata numa realidade mais adulta e epigenética do renascimento epistemológico.

Um escravo que espera a hora da libertação

Francisco Assis

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A dança dos androfágicos

Era dia de muitas desgraças e de muito saber fazer.
Na névoa dos acontecimentos mais lentos, uma desaprendizada mania de frustrações deixou-se substituir por uma esperança de método.
Na casa de todos os poderes os sãos vassalos dão entrada e na categorização dos enlaces ainda não desfeitos por aqueles que os vão dominando devem ver que tudo afinal é abstrato. Que a mais enraizada das virtudes da causa humana se estabeleça numa afável realidade per si. Que a capacidade de tentar e corrigir seja ampla e devida a todos aqueles que aprendem a aplicar uma força verdadeiramente calcânea - plantar e  a receber daí um constante sinal de retorno.
Por aqui, muito amorfismo, menos vaidade, mais reunião e algum desalento. Nas casas de negócio de dinheiro, de sonhos e de desgraças, os sábios da corte desfazem-se em contornos pontiagudos de charme e de descrédito e na azáfama de serem deuses por segundos esquecem sempre a primeira lição. Decus in labore.

Um concidadão à sua espera na esquina do tempo dormente e à espera de luz.
Francisco de Assis