segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A dança dos androfágicos

Era dia de muitas desgraças e de muito saber fazer.
Na névoa dos acontecimentos mais lentos, uma desaprendizada mania de frustrações deixou-se substituir por uma esperança de método.
Na casa de todos os poderes os sãos vassalos dão entrada e na categorização dos enlaces ainda não desfeitos por aqueles que os vão dominando devem ver que tudo afinal é abstrato. Que a mais enraizada das virtudes da causa humana se estabeleça numa afável realidade per si. Que a capacidade de tentar e corrigir seja ampla e devida a todos aqueles que aprendem a aplicar uma força verdadeiramente calcânea - plantar e  a receber daí um constante sinal de retorno.
Por aqui, muito amorfismo, menos vaidade, mais reunião e algum desalento. Nas casas de negócio de dinheiro, de sonhos e de desgraças, os sábios da corte desfazem-se em contornos pontiagudos de charme e de descrédito e na azáfama de serem deuses por segundos esquecem sempre a primeira lição. Decus in labore.

Um concidadão à sua espera na esquina do tempo dormente e à espera de luz.
Francisco de Assis

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